Piápolis
Vou-me para Piápolis,embora
Não sej amigo de reis
Nem haja belas meretrizes para amar.
Vou-me para Piápolis, embora
Emudecidas estejam as iaras
Em rios enlutados sem peixe nem viço
E os rocins - coitados!
Arqueados, faltos de toda brabeza.
Ainda assim
Vou-me embora para Piápolis.
Em Piápolis, o que há?
Tudo o que pode caber num sonho miserável,
Nada que possa entender um corpo com outro corpo
- pois os corpos são incomunicáveis
Em Piápolis.
Em Piápolis,
Todas as noites, frias noites de mármore,
Terei vontade de me matar,
Terei vontade de viver!
Vou-me embora para Piápolis.
Embora,
Embalde.
Vou-me para Piápolis,embora
Não sej amigo de reis
Nem haja belas meretrizes para amar.
Vou-me para Piápolis, embora
Emudecidas estejam as iaras
Em rios enlutados sem peixe nem viço
E os rocins - coitados!
Arqueados, faltos de toda brabeza.
Ainda assim
Vou-me embora para Piápolis.
Em Piápolis, o que há?
Tudo o que pode caber num sonho miserável,
Nada que possa entender um corpo com outro corpo
- pois os corpos são incomunicáveis
Em Piápolis.
Em Piápolis,
Todas as noites, frias noites de mármore,
Terei vontade de me matar,
Terei vontade de viver!
Vou-me embora para Piápolis.
Embora,
Embalde.