É Hora do Show!

Bem-vindo ao circo dos Magimelódicos!

Venha se divertir com o maior espetáculo do planeta!

O circo é um lugar mágico... que supera todos os limites da imaginação.
Você já teve vontade de trabalhar em um circo? E o que acharia de morar em um?
Nesta história, você conhecerá a vida de um grupo circense, composto pelo anão chinês Pai Shiao; o dançarino hiperativo Marimbo; a ventríloqua vaidosa Lala, e sua boneca animada, Mimi; o mexicano mais valente do mundo, Tex-Mex; a melhor assistente de palco, a macaca Maraca; a gentil palhaça Clara; o hipnotizador e apresentador do circo, Sr. Tony; e a radiante ilusionista, Isabelle.
No meio de sua rotina diária de ensaios e apresentações, esta turma se depara com situações, no mínimo, inusitadas para resolver... e o show não pode parar, é claro. Nas HQs e no circo, tudo pode acontecer...

Na primeira aventura, "É Hora do Show", uma apresentação dos Magimelódicos está ocorrendo normalmente, a platéia indo ao delírio, e todos se apresentando, um por vez. Isabelle é a favorita do grande público, e encerra o espetáculo com chave de ouro. Após isto, durante o jantar com os colegas, ela passa mal e desmaia. Durante este tempo, ela tem um pesadelo, que parece uma visão. Atormentada, ela decide investigar sobre o que ela viu. Como ela se sairá?

Algumas curiosidades:

- Os nomes dos membros do circo sempre remetem a algo relacionado à música (instrumentos, notas, etc.). O mesmo vale para seus trajes de performance.
- Isabelle tem três pombas amestradas: Paloma, Whitney e Bianca. E um coelho cinza chamado Benny. E ela é alérgica a seus pêlos, que lhe provocam espirros meteóricos .
- Clara gosta tanto de sua maquiagem que a usa até quando não está trabalhando. O mesmo pode ser dito da peruca de Marimbo.

Osmar, tudo bem? Eu tenho uma perguntinha de natureza... biográfica!
Você tem algum tipo de ligação com circos, algo que te marcou ainda na infância para resolver criar seu universo particular com palhaços, malabaristas, mágicos etc?

Alexandre Garcia da Silva escreveu:Osmar, tudo bem? Eu tenho uma perguntinha de natureza... biográfica!
Você tem algum tipo de ligação com circos, algo que te marcou ainda na infância para resolver criar seu universo particular com palhaços, malabaristas, mágicos etc?

Hello, companheiro! Pergunta interessantíssima ^^
Então, eu assistia muito os programas do Bozo e da Vovó Mafalda... E até hoje só fui num circo uma vez, e faz tanto tempo que nem lembro qual era!
Eu lembro que muitos brinquedos que eu tinha (especialmente os de Kinder Ovo), tinham algo em comum com esse tema, também. E a maioria dos games que eu jogava mostravam cenas de circo (Yo!Noid, Bart vs. Mutants, Circus Charlie e Kid Klown, só para citar alguns exemplos). Além dos seriados, como Trapalhões e Chaves, cujos representantes, além de atuarem na TV, se apresentavam... em circos!
Além de toda essa influência, que já me acompanha deeeesde meus engatinhares, quando criei os Magimelódicos eu priorizei a diversão que eles poderiam proporcionar. Apesar da história em si não ser especificamente voltada pro humor, as situações que surgem durante a narrativa são! Achei que assim a história, mesmo se em algum momento tomasse um rumo "trágico", não faria os leitores perderem seu bom humor. Algns games que conheço (e me inspiraram na criação) que utilizam esta forma de narrar são Phoenix Wright e Mother (ambos trilogias). As histórias de ambos apresentam casos de certa forma, pesados, que envolvem traições, assassinatos, consumo de entorpecentes, marginalidade, tirania, corrupção, maus tratos... mas entre um momento tenso e outro, sempre há espaço para um humor leve e irreverente. E essa oscilação se aproxima bastante do que vivemos no dia-à-dia. Não só nos Magimelódicos, mas em todos os meus trabalhos, quando possível, eu tento aproveitar este recurso.
Agora sendo mais específico na resposta, outra coisa que me levou a reproduzir o universo circense, é o fato da maioria das pessoas estarem se esquecendo dele. O circo é a representação máxima da diversão - existe pura e simplesmente para isso. Especialmente hoje, no mercado de HQs e animações, o que está mais na moda são histórias de ação ou dramas, com personagens dotados de habilidades ou conhecimentos especiais, cuja realidade é quase sempre muito distante da nossa. Pensei muito nesta questão: "Como criar um universo que seja ao mesmo tempo familiar, com acontecimentos do dia-à-dia, e especial, com histórias e personagens marcantes?" Aí me veio a ideia do circo, porque lá vemos pessoas normais fazendo coisas espantosas, como engolir facas, domar feras, etc. Sabemos que grande parte são truques, mas de toda forma estamos vendo aquilo acontecer!
Aliás, isto também serviu de pretexto para eu poder fazer os personagens usarem roupas engraçadas! XDD

Boa noite Osmar!! ^_^

Sou uma amiga de infância do Thiago, e já faz um tempinho que estou acompanhando o Chroma. E como toda Otaku que se preze, eu gostei bastante dos seus desenhos em estilo mangá! ^_^

A sua história também parece muito interessante. Achei muito legal a sua proposta de resgatar o mundo do circo. Se aceita uma sugestão, seria legal você trocar umas idéias com o Thi e falar um pouco sobre os circos que maltratam animais.

O que mais estou gostando no trabalho de vocês é a pesquisa e a paixão que vocês colocam nas histórias. Por causa disto, a qualidade do trabalho de vocês se torna uma simples consequência. Parabéns! ^_^

Bjns

Yuri Akemi escreveu:Boa noite Osmar!! ^_^

Sou uma amiga de infância do Thiago, e já faz um tempinho que estou acompanhando o Chroma. E como toda Otaku que se preze, eu gostei bastante dos seus desenhos em estilo mangá! ^_^

A sua história também parece muito interessante. Achei muito legal a sua proposta de resgatar o mundo do circo. Se aceita uma sugestão, seria legal você trocar umas idéias com o Thi e falar um pouco sobre os circos que maltratam animais.

O que mais estou gostando no trabalho de vocês é a pesquisa e a paixão que vocês colocam nas histórias. Por causa disto, a qualidade do trabalho de vocês se torna uma simples consequência. Parabéns! ^_^

Bjns

Boa noite, companheira Yuri ^^
Muito obrigado pela atenção e pelos elogios. Sério mesmo que meu traço lembra mangá? Achava que eram só os olhos! XD
Essa sugestão que você deu seria ótima para um cross-over. Já me passou pela cabeça fazer um, mas ainda é um pouco cedo(melhor concluirmos as histórias principais primeiro). Do tipo, o Bandeirinha investigando os maus tratos de animais em circos, e a turma dos Magimelódicos, após serem investigados pelo mesmo, poderia ajudá-lo, enquanto o Sotero, de Piapólis, aponta como algumas atividades deste tipo fazem um mau uso da arte. Se um dia fizermos um filme com todos os nossos personagens, daria um bom roteiro este! E no fim colocaríamos seu nome na seção "SPECIAL THANKS TO" =D
Obrigado novamente, companheira! Chuac, here we go! o/

Cara, acho que mesmo nas histórias principais é possível fazer algo assim. Por exemplo, o Alexandre e eu não temos um crossover entre Bandeirinha e Piápolis, mas em determinados momentos da história, personagens de um universo irão mencionar os personagens do outro universo... Só não vou dar mais detalhes aqui porque fazer Spoiler a esta altura seria sacanagem... rsrs

Mas poderíamos pensar em algumas coisas assim... Pequenas citações de um universo em outro, já deixando a entender que a possibilidade de um crossover no futuro realmente existe.

Osmariobro escreveu:
Boa noite, companheira Yuri ^^
Muito obrigado pela atenção e pelos elogios. Sério mesmo que meu traço lembra mangá? Achava que eram só os olhos! XD
Essa sugestão que você deu seria ótima para um cross-over. Já me passou pela cabeça fazer um, mas ainda é um pouco cedo(melhor concluirmos as histórias principais primeiro). Do tipo, o Bandeirinha investigando os maus tratos de animais em circos, e a turma dos Magimelódicos, após serem investigados pelo mesmo, poderia ajudá-lo, enquanto o Sotero, de Piapólis, aponta como algumas atividades deste tipo fazem um mau uso da arte. Se um dia fizermos um filme com todos os nossos personagens, daria um bom roteiro este! E no fim colocaríamos seu nome na seção "SPECIAL THANKS TO" =D
Obrigado novamente, companheira! Chuac, here we go! o/

Eu acho que lembra sim. Seu estilo me faz lembrar o Kodomo, que seriam os mangás infantis. No Kodomo a arte é mais simples e as histórias são engraçadinhas e animadas, com histórias que envolvem desde bichinhos, fantasmas, e até temas futurísticos para prender a atenção das crianças. Além disso, todas as aventuras vem recheadas com lições e ensinamentos. Exemplos de Kodomo são Doraemon, Pokemon, Hamtaro, Astro Boy, Kimba, etc. ^_^

Eu estava pensando eu algo parecido com o que o Thi disse. Não estava pensando em um filme, mas se acontecer eu serei a primeira a assistir aqui no Centro-Oeste! ^_^

Bjns

Curioso você afirmar que só foi uma vez ao circo, Osmar! A impressão que você me passou é a de ter havido uma ligação mais forte entre você e o mundo circense Se bem que a ligação entre uma pessoa e algo não precisa se basear, necessariamente, em fatos. Só para citar um exemplo: o maior cowboy do cinema, John Wayne, morria de medo de cavalos (li isso numa crônica do jornalista Ruy Castro)! Ainda assim, ele encarnou como ninguém o espírito do Velho Oeste, não é mesmo?
A minha relação com circo é um pouco mais... dramática. Às vezes, uma imagem banal, que passa despercebida por muitos, marca uma pessoa. Lembro-me de quando era criança estava brincando na sala enquanto meu pai assistia à televisão. Não sei que programa nem que canal, mas me lembro perfeitamente de que estavam entrevistando um palhaço. A primeira cena já me chocou de cara: ele estava sem a maquiagem. Era um rosto velho, enrugado, cansado, triste. E depois, uma frase que ele disse: "O palhaço também chora".
Desde então, o circo sempre me causou uma impressão sombria, doída mesmo. À medida que fui ficando mais velho, fui chegando à conclusão de que a arte produz alegria através da tristeza. Em especial, a arte circense. O colorido, as luzes, a magia, as acobracia que sob aquela lona pesada encantam a tantos, são produzidos por pessoas solitárias e por animais torturados.
Mas acho que é justamente por essa contradição, entre outros motivos, que o mundo do circo tem o poder de inspirar grandes histórias e personagens muito ricos. E a sua obra é mais um bom exemplo disso.






























1

Alexandre Garcia da Silva escreveu:
A minha relação com circo é um pouco mais... dramática. Às vezes, uma imagem banal, que passa despercebida por muitos, marca uma pessoa. Lembro-me de quando era criança estava brincando na sala enquanto meu pai assistia à televisão. Não sei que programa nem que canal, mas me lembro perfeitamente de que estavam entrevistando um palhaço. A primeira cena já me chocou de cara: ele estava sem a maquiagem. Era um rosto velho, enrugado, cansado, triste. E depois, uma frase que ele disse: "O palhaço também chora".

Alexandre, sabe o que este seu comentário me lembrou?

Rorschach's Journal - Watchmen escreveu:
I heard a joke once: Man goes to doctor. Says he's depressed. Says life is harsh and cruel. Says he feels all alone in a threatening world. Doctor says, "Treatment is simple. The great clown Pagliacci is in town tonight. Go see him. That should pick you up." Man bursts into tears. Says, "But doctor... I am Pagliacci." Good joke. Everybody laugh. Roll on snare drum. Curtains.

Outra coisa... Eu concordo plenamente contigo quando diz que a arte produz alegria através da tristeza. Não apenas o circo, mas nossas próprias revistas são exemplos vivos disto! Na música também há vários exemplos (basta pegar algumas música da Legião Urbana, Pink Floyd, Alanis Morisette e tantos outros), na literatura (só para citar um exemplo incomum: Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano), e assim vai...

Grande Rorschach! Atrás de um grande personagem sempre há um autor genial, como Alan Moore.
Sabe, Thiago, embora eu não seja fã do cara, há um clipe do cantor Robbin Willians que me chama muito a atenção. A música, se não me engano, chama-se "Advertising Space". Resumindo: o vídeo mostra primeiro um cantor anônimo (o próprio)num quarto de hotel de quinta categoria ensaiando seu show, com trejeitos de Elvis. Depois, mostra ele tomando um ônibus até chegar no lugar (parece um dos nossos bingos de tão cafona, rsrsrsrs).
O que me chama a atenção, mesmo, é que o clipe é intensamente colorido. Beira o exagero! Aí, você pensa: é um vídeo alegre, engraçado. Não! É exatamente o oposto! Apesar do colorido berrante, ou até mesmo por causa dele, tudo nele tem um ar deprimente. Há uma atmosfera sufocante de solidão. Inclusive quando ele chega na casa onde vai se apresentar. Há poucas pessoas na plateia que mal prestam atenção nele. E mesmo essas pessoas parecem desesperadamente solitárias, depressivas. A própria música é triste. É mais ou menos o que sinto quando me deparo, de alguma forma, com o intenso e barulhento colorido do circo. Ao invés de me alegrar, me provoca uma certa tristeza.

Alexandre Garcia da Silva escreveu:Grande Rorschach! Atrás de um grande personagem sempre há um autor genial, como Alan Moore.
Sabe, Thiago, embora eu não seja fã do cara, há um clipe do cantor Robbin Willians que me chama muito a atenção. A música, se não me engano, chama-se "Advertising Space". Resumindo: o vídeo mostra primeiro um cantor anônimo (o próprio)num quarto de hotel de quinta categoria ensaiando seu show, com trejeitos de Elvis. Depois, mostra ele tomando um ônibus até chegar no lugar (parece um dos nossos bingos de tão cafona, rsrsrsrs).
O que me chama a atenção, mesmo, é que o clipe é intensamente colorido. Beira o exagero! Aí, você pensa: é um vídeo alegre, engraçado. Não! É exatamente o oposto! Apesar do colorido berrante, ou até mesmo por causa dele, tudo nele tem um ar deprimente. Há uma atmosfera sufocante de solidão. Inclusive quando ele chega na casa onde vai se apresentar. Há poucas pessoas na plateia que mal prestam atenção nele. E mesmo essas pessoas parecem desesperadamente solitárias, depressivas. A própria música é triste. É mais ou menos o que sinto quando me deparo, de alguma forma, com o intenso e barulhento colorido do circo. Ao invés de me alegrar, me provoca uma certa tristeza.

Isso é parte do que quero mostrar com a história... vocês que leram as últimas páginas do episódio 1, sabem do que estou falando! ^^
Imaginem como deve ser... você trabalhar numa coisa em que sua obrigação é divertir as pessoas, sua vida depende disso. Na maior parte das vezes sua integridade é colocada de lado, apenas para favorecer os risos e aplausos da platéia. Sua identidade, seu eu, não vale praticamente nada. Só a imagem que você passa para as pessoas. Elas têm que se divertir, e você tem que garantir isso. Essa é a parte triste do trabalho. u.u

Eu nunca li Watchmen nem vi o filme. Mas de tanto que o Thi e o meu marido falam desse personagem chamado Rorschach fiquei curiosa. E agora que o Alexandre falou, fiquei mais curiosa ainda. ^_^

Osmar, cada vez mais me interesso pela sua história. Eu desenhava bastante quando estava no colégio e era apaixonada por isto, mas de tanto que me criticaram na época (dizendo que arte não dá dinheiro, que não sustenta família e coisa e tal) acabei abandonando este meu lado. O Thi me incentivou muito a voltar mas eu nunca dei uma chance. Hoje eu vejo o quanto abri mão do que gosto para agradar outras pessoas. Coisa de artista mesmo, né? ^_^

Bjns