Desde a primeira vez em que ouvi falar do projeto, não sei exatamente quantos anos se passaram. A espera foi longa. Até que finalmente, estava nos jornais: a data de estreia no Brasil do filme "Na Estrada", a tão aguardada adaptação do cineasta Walter Salles do clássico "On The Road", a obra clássica do movimento literário-existencial "Beat".
Muitos leram essa obra naquela fase dourada e complicada em que nos despedimos da adolescência para entrarmos na maturidade. Cheios de ideias, dúvidas, sonhos, anseios. Com energia suficiente para mudar um mundo onde tudo permanece o mesmo.
Comigo foi o contrário. Eu já tinha mais de 30. Ainda assim, foi num momento crucial da minha vida. O ano de 2009 que foi um divisor de águas em minha vida. Em outro tópico eu conto a história.
Pois bem. O que importa falar agora é que em tal ano eu decidi tomar meu destino nas minhas próprias mãos. Lutar pelos meus próprios sonhos e errar meus próprios erros (até então eu fracassava errando erros alheios). Não sei se essa história do Universo conspirar a seu favor é verdadeira (muitas vezes acho que é o oposto). O que sei é que, comigo, quando passei a buscar certas coisas, outras vinham até mim. Dessa forma, com um estrondo sutil, "On The Road" e o movimento "Beat" vieram até mim. Num determinado período, eu só lia o que a "santíssima trindade beatnick", ou seja, Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs, haviam escrito. Além de "On The Road" vieram "Os Vagabundos Iluminados", "Uivo", "Almoço Nu", "Cartas do Iagê"...
Por estar maduro ao conhecer os "Beats", pude vê-los em sua plena humanidade. Não os coloquei num pedestal. Não os santifiquei. Vi seus erros, seus fracassos. E invejei: "Que erros, que fracassos maravilhosos!" Muitas vezes, o sucesso nos torna estúpidos e o fracasso nos ilumina.
Muitos leram essa obra naquela fase dourada e complicada em que nos despedimos da adolescência para entrarmos na maturidade. Cheios de ideias, dúvidas, sonhos, anseios. Com energia suficiente para mudar um mundo onde tudo permanece o mesmo.
Comigo foi o contrário. Eu já tinha mais de 30. Ainda assim, foi num momento crucial da minha vida. O ano de 2009 que foi um divisor de águas em minha vida. Em outro tópico eu conto a história.
Pois bem. O que importa falar agora é que em tal ano eu decidi tomar meu destino nas minhas próprias mãos. Lutar pelos meus próprios sonhos e errar meus próprios erros (até então eu fracassava errando erros alheios). Não sei se essa história do Universo conspirar a seu favor é verdadeira (muitas vezes acho que é o oposto). O que sei é que, comigo, quando passei a buscar certas coisas, outras vinham até mim. Dessa forma, com um estrondo sutil, "On The Road" e o movimento "Beat" vieram até mim. Num determinado período, eu só lia o que a "santíssima trindade beatnick", ou seja, Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs, haviam escrito. Além de "On The Road" vieram "Os Vagabundos Iluminados", "Uivo", "Almoço Nu", "Cartas do Iagê"...
Por estar maduro ao conhecer os "Beats", pude vê-los em sua plena humanidade. Não os coloquei num pedestal. Não os santifiquei. Vi seus erros, seus fracassos. E invejei: "Que erros, que fracassos maravilhosos!" Muitas vezes, o sucesso nos torna estúpidos e o fracasso nos ilumina.