Eu estava na periferia de um bairro da zona norte de São Paulo(Parada de Taipas)em 2008 e tive que entrar em um sítio para obter informações. Vi um homem retirar um porquinho que estava ao lado da porca.O sitiante disse que vendia os pequenos animais e era preciso isolá-los para que crescessem um pouco mais e não fizessem movimentos. O motivo do isolamento era a manutenção da carne macia que se destinava à produção de presunto cru.Procurei manter a calma e fiz uma oferta para comprar o porquinho. Nunca se deve comprar animais porque eles não são mercadorias, porém era o que me restava. O homem estranhou o meu interesse pelo animal e eu disse que também criava porcos para tentar convencê-lo. Expor abertamente as minhas ideias só iria provocar contrariedade naquele momento.O meu argumento era frágil, inusitado e gerou desconfiança,mas tive êxito. Depois da compra telefonei para um conhecido que também defende os animais e levei o porquinho para uma chácara.Um porco bem cuidado vive 10 anos e ele ainda está saudável.Em homenagem a Monteiro Lobato dei o nome a ele de Rabicó.Como diz a Nina Rosa, não é presunto, é uma vida.
3 participantes
O dia em que salvei uma vida
José Lúcio de Barros- Mensagens : 38
Data de inscrição : 17/06/2012
- Mensagem nº1
O dia em que salvei uma vida
Alexandre Garcia da Silva- Mensagens : 102
Data de inscrição : 17/05/2012
Idade : 48
Localização : Poá/SP (ou Piápolis, se preferirem)
- Mensagem nº2
Re: O dia em que salvei uma vida
Certo dia, estava com minha amiga Dani (que também é vegana como o Lúcio) num ônibus, onde vimos um cartaz com fotos de gatos e cachorros. E pensamos: mesmo entre os que amam os animais, o pensamento predominante é o de que só merecem nosso afeto e nosso respeito nossos queridos caninos e felinos. Como se os demais, porcos, galinhas, vacas, peixes, fossem coisas inanimadas, prontas para serem cortadas, penduradas, assadas, temperadas, degustadas...
A situação desses animais é crítica de uma maneira peculiar: por não viverem hatibualmente no nosso lar, não são "de estimação". Por outro lado, não estão em perigo de extinção, não atraindo, por esse motivo, a atenção de organizações que lutam contra tal problema. Que dilema!
Tendo em vista tudo isso, parabéns, Lúcio, não só por ter salvado a vida desse porquinho, mas, sobretudo, pelo sentimento de afeto que você devotou a ele.
A situação desses animais é crítica de uma maneira peculiar: por não viverem hatibualmente no nosso lar, não são "de estimação". Por outro lado, não estão em perigo de extinção, não atraindo, por esse motivo, a atenção de organizações que lutam contra tal problema. Que dilema!
Tendo em vista tudo isso, parabéns, Lúcio, não só por ter salvado a vida desse porquinho, mas, sobretudo, pelo sentimento de afeto que você devotou a ele.
José Lúcio de Barros- Mensagens : 38
Data de inscrição : 17/06/2012
- Mensagem nº3
Re: O dia em que salvei uma vida
Alexandre, o seu texto denota uma visão sensível e abrangente a respeito dos animais. O porco está entre os animais mais rejeitados e ao contrário do que se pensa ele não gosta de sujeira, lixo e porcarias. O ser humano com a sua imundície, com a falta de sensibilidade e higiene é que coloca o porco em condições imundas. E daí, porco virou sinônimo de falta de asseio. Por culpa dos humanos. O Rabicó recebe o mesmo tratamento higiênico que um cachorro de estimação. Direitos iguais para todos.
Eliane- Mensagens : 2
Data de inscrição : 08/01/2013
- Mensagem nº4
um presente canino.
Acabei de ler sua mensagem sobre "salvei uma vida" e me lembrei de que eu até poderia, mas, não consegui salvar uma vida. Dizem que os gatos domésticos,aqueles que não passam fome, caçam ratos ou pássaros apenas para presentear seu dono e mostrar a ele o quanto o ama.Isso eu já sabia, poi, tive gatos e fui presenteada várias vezes. Mas, será que isso acontece também cpm os cães? Dia desses minha cadela Lola resolveu me dar uma prenda....uma rolinha encima de meu travesseiro. Olhei aquele serzinho indefeso, imóvel...mas ainda vivo. tentei reanima-la, mas, não consegui. Fiz o enterro no meu jardim com direito a flores...e disse prá Lola:da próxima vez , por favor, me de só uma lambida.